domingo, 29 de abril de 2012

A autarquia e o seu papel como indutor da Internacionalização


            Vivemos hoje num mundo globalizado, ligado entre si por redes virtuais capazes de nos pôr em contacto com os mais distantes pontos do planeta em fracções de segundo, o que faz com que a dinâmica económica das regiões esteja relacionada com a sua capacidade para se afirmarem a nível internacional, de forma a projectarem para o exterior toda a potencialidade do seu tecido empresarial.
            Hoje em dia, os negócios fazem-se com uma velocidade estonteante e uma autarquia que se queira afirmar precisa de criar a sua própria marca distintiva individual de modo a ambicionar exportar essa marca, potenciando a sua acção pelo primar da diferenciação, inovação e qualidade.
            Internacionalização significa apostar na excelência, conquistar nichos de mercado, ser a referência que faça com que a origem seja reconhecida um factor de decisão à data da aquisição de um bem ou serviço.
            A autarquia deve dotar-se de um conjunto de instrumentos e competências que permitam alavancar todo um processo de tecnologias inovadoras de modo a aumentar a componente exportadora como fonte de receita para os munícipes, tendo em mente que essa componente está relacionada com a qualificação da mão-de-obra, com a componente de investigação, a qual está dependente dum ensino superior ou técnico diferenciado apostando nas qualidade, de modo a criar “clusters” específicos capazes de colocar a autarquia no mapa, a uma escala europeia e global.
            A autarquia deve fomentar e promover a criação de novas empresas vocacionadas para a inovação, para a sustentabilidade e para a produção de valor acrescentado, incentivando a modernização do sistema produtivo com recurso a novos métodos de gestão, de promoção do produto e aposta nas novas tecnologias, tendo em conta que o mercado actual já não se faz porta a porta mas é cada vez mais um mercado global, de forte concorrência, mas também cada vez mais próximo, graças às potencialidades da rede informática que nos coloca instantaneamente em qualquer ponto do globo.
            A câmara municipal deve estabelecer um plano municipal que permita avaliar e dinamizar os pontos estratégicos vocacionados para a internacionalização e exportação no sentido de descobrir os sectores com esse potencial, disponibilizar informações, acrescentar competências tendo em vista garantir a sustentabilidade do município e a criação de emprego. A autarquia deve procurar conhecer os activos com potencial inovador, de qualidade com meta na excelência, os quais possam ser a base para e exportação e ainda apontar caminhos que os ajudem a percorrer esse trajecto, criar instrumentos que agilizem o processo, replicar procedimentos de sucesso, contribuindo para aumentar o número de empresas com capacidade para exportar os seus produtos de modo a gerar mais-valias para o concelho.
            Um plano deste tipo permite a fidelização das empresas localizadas no território, promove a abertura de novos mercados e sectores económicos como fim de conseguir a captação de investimentos.
             Cidades que possuem uma grande gama de empresas com potencial exportador e importador, têm nesse caso a possibilidade de criar um mecanismo que permita angariar mais receitas e visibilidade no exterior.
            Uma ferramenta interessante e já utilizada noutros municípios é a criação de Lojas de Exportação e a criação de Feiras Tecnológicas, onde os eventuais interessados possam tomar contacto de proximidade com os “ex-libris” locais a nível do tecido empresarial.

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